No programa do dia 01 de novembro prestamos um tributo ao cineasta Federico Fellini, que faleceu no dia 31 de outubro de 1993 aos 73 anos. A entrada de Fellini para o cinema aconteceu em 1939, mas, como diretor sua primeira oportunidade aconteceu em 1950. Nesse ano, em parceria com Alberto Latuada o saudoso mestre filmou LUZES DA CIDADE. Em pleno outono de 42, e não no verão, como no filme, Fellini conhece uma moça chamada Giulia Massina com quem mantém um curto namoro, porém longo casamento. Aliás, foi o próprio Fellini quem desenhou o convite de casamento que mostrava duas estradas, tendo cada uma com uma placa com os respectivos nomes e no cruzamento lá estão os dois juntos. Fellini enfrentou muitos problemas com a censura, leia-se igreja, como aconteceu com o filme NOITES DE CABIRIA, cujo censor era um cardeal que, pelo fato de o filme ter sido exibido à meia-noite numa sala improvisada de um hotel, deve ter dormido. Tanto foi assim que, ao final da exibição, o cardeal comentou ser preciso fazer alguma coisa por aquela moça, referindo-se a Cabiria, claro! A postura de um Fellini “jungniano” teve origem quando um psicólogo, Ernest Bernhard induziu o diretor a ler vários livros de Jung a depois do filme A DOCE VIDA. A constatação é de que o cinema de Fellini a partir de A DOCE VIDA torna-se onírico. Parece que ao se despedir da realidade, Fellini mergulhou num mundo de fantasias e alucinações. Uma trajetória cinematográfica vitoriosa de Federico Fellini que em 27 filmes, conquistou 67 prêmios, tendo sido indicado em 12 oportunidades para o Oscar. Clique no arquivo de áudio para ouvir o programa em homenagem a Federico Fellini!
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